domingo, 27 de setembro de 2009

Ladrões de energia



Você já esteve em lugares ou ficou com pessoas que teve a sensação de ser drenado por um ladrão?
Pois existem pessoas que são verdadeiros ralos de energia.
Falarei de alguns tipos:
Há alguns que estão sempre reclamando, se lamentando e buscando conselhos e ajuda. Quanto mais você tenta ajudar mais a pessoa se lamenta. Cuidado, esse é o ladrão de energia mais perigoso.
Outros são prestativos e estão sempre prontos para fazer tudo por você. Não recusam nada e estão constantemente servindo à sua vontade. Mais o preço disso é alto, pois acabam gerando um crédito moral que lhe aprisiona em suas garras.
Tem aqueles que estão sempre em alerta com tudo. Hiper-preocupados e vigilantes estão constantemente encontrando possíveis perigos e falhas. Os desastres estão próximos e é preciso se precaver. Sua cautela cria um estado de pânico e pessimismo.
Além de pessoas alguns lugares são verdadeiros ladrões de energia. Não é possível precisar num lugar, mas pode até ser um canto da sua casa que ninguém fica ou que provoca uma sensação de torpor.
Essas pessoas e lugares ativam nossas sombras. Representam aquilo que estamos nos recusando a enxergar. Drenam nossa energia porque entram em sintonia com nossos desejos secretos mais profundos.
Revelam nosso lado sugador e o desejo narcisista por atenção.
Para que não sejamos pegos pelos ladrões de energia é preciso reconhecer nossa sombra que rouba energia alheia.
Dessa forma nos tornamos invulneráveis aos ladrões de energia.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Timidez e sombra

Quando a pessoa me diz que se critica por tudo eu logo penso: “lá vamos nós para o mundo das sombras”.
A pessoa autocrítica diz que não consegue se expressar porque tem medo que os outros a compreendam mal, julguem ou punam por algo.
Eu digo em contrapartida: “você me parece muito certo de que os outros lhe julgam, essa não é uma forma de julgar os outros?”
É uma prepotência da pessoa inibida acreditar que todos a julgarão mal. No fundo a “pobre” pessoa autocrítica é tão perfeccionista e feroz em seus julgamentos com os outros quanto consigo mesma.
Atrás da aparente fragilidade daquela pessoa tímida existe uma sombra de alguém impiedoso com os outros.
Na mesma medida que se julga incapaz ela também julga os outros incapazes de a compreenderem.
Se julgam com medo da opinião dos outros e julgam que os outros sempre serão duros e monstruosos com seus erros.
Não oferecem chances dos outros se mostrarem dóceis e gentis. Encontram inimigos em todas pessoas. Por esse motivo estão sempre desconfiadas e defendidas contra tudo e todos.
O caracol onde se escondem é uma forma velada de recusa a ampliar sua visão pseudo-medrosa. Na realidade não querem abrir mão do poder da fragilidade quando nas sombras do inconsciente são julgadores tiranos dos outros.
Quando o tímido reconhecer sua arrogância em julgar os outros superiores e fortes quando no fundo ele se vê assim, talvez alguma solução seja possível.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

7 pecados - Orgulho (o último)

Poder! Nada melhor que o poder para incentivar qualquer pessoa à loucura. Alguns se sentem imunes ao poder. No entanto, renunciam a toda expressão de vida saudável para um tipo de passividade existencial.
O orgulho é o pecado do poder. É achar-se mais poderoso do que é e sedento por mais.
Mas há pessoas que se disfarçam bem do orgulho e do poder.
Encolhidas em sua falsa humildade, falam manso, mas controlam cada movimento alheio com seus olhos espertos.
Outros apelam por cuidar. Ajudam tantas pessoas que exercem um poder desmedido sobre os outros.
Há também os que buscam o desenvolvimento intelectual. Como nossa sociedade valoriza os letrados, o metido a intelectual se refugia nos conhecimentos para submeter os outros.
Outros procuram a riqueza como forma de chamar atenção para si e exercer poder sobre os outros.
Alguns buscam uma vida religiosa e espiritual para constranger os outros com sua grandeza e santidade moral.
Muitas pessoas bonitas usam da aparência para dominar os olhos iludidos pelas fisionomias.
Muitos apelam para a raiva e controlam os outros através da ira.
São muitas as caras que o orgulho assume na vida cotidiana.
Todas são formas de exercer o poder sobre os outros.
Escolha a sua!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A fé e a sombra

Vivemos um século de crescente materialismo.
Somos herdeiros de uma tradição filosófica que confia apenas na luz da razão em detrimento das profissões de fé.
Assombrados por quinze séculos de predomínio de Igreja Católica. Inibidos em suas pesquisas científicas os grandes pensadores da ciência criaram um repúdio ao sentimento religioso.
A fé passou a ser vista como uma manifestação menor e infantil da natureza humana. Como conseqüência a fé foi relegada à sombra coletiva. A fé é vista como um sinal de fraqueza psicológica e o racionalismo como a solução para todos os problemas da atualidade.
Tirando os exageros da fé eu entendo que as crenças espirituais são aspectos altamente saudáveis para o desenvolvimento da mente.
A fé tem sido reprimida, condenada e expulsa dos universos intelectuais.
No meu ver a fé é aquele sentimento de entrega a uma experiência que transcende o entendimento humano. A fé, portanto, não está acorrentada em nenhuma religião e pode até ser uma fé laica ou atéia.
A fé como capacidade de entrega pode ser vivida por um cientista que fica absorto pela comunhão com o espaço, a natureza ou qualquer outro objeto de experimentação científica.
A fé e a razão quando bem instruídas são fontes de verdadeiros prodígios, mas quando caminham separadas podem causar grandes desastres.

sábado, 19 de setembro de 2009

Palavrão e a Sombra - Parte 2

Iniciei esses artigos falando sobre como os palavrões sinalizam grande parte das sombras humanas que dependem sempre do contexto social-histórico que são verbalizados.
Continuarei falando sobre o FILHO DA PUTA.
Todo o mal e preconceito do sexo recai sobre os ombros das prostitutas. São as mulheres consideradas sem dono, “da vida”, sem moral, mulheres que todos os homens desejam e amaldiçoam. Desejo obscuro das mulheres em se tornarem como uma delas. “Aja como uma dama na sociedade e uma puta na cama” para segurar seu homem. O fetiche masculino de um encontro casual fortuito e sem sobrenome. O sexo pelo sexo. O FILHO DA PUTA, portanto, é fruto de um “pecado” antigo da raça humana. Enfim, se há algum lugar para se mandar onde vigora a desonra e a podridão é ao lado de sua projenitora, ou seja, para a PUTA QUE O PARIU.
Agora, como prometido sobre TOMAR NO CÚ.
VAI TOMAR NO CÚ segue na esteira do anterior. O coito anal é de longe associado a práticas vulgares e segundo o antigo testamento digno de punição divina. Associado também com a relação homossexual masculina, carrega consigo toda a ojeriza de homens e mulheres com os homens homossexuais. No inconsciente tido como fraco, anti-natural e como regressão das práticas sexuais. No campo dos tabus da heterossexualidade a relação anal somente pode ser praticada pelas prostitutas, já que se deixam conhecer na intimidade corporal por inteiro, são pagas para isso. A ambigüidade no inconsciente feminino gerada é se as prostitutas fazem, eu que não sou prostituta não DEVO fazer ainda que QUEIRA fazer. Em contrapartida se eu não for uma mulher sexualmente completa abrirei espaço para as “mulheres da rua” fazerem e por isso DEVO fazer mesmo que NÃO QUEIRA fazer. Em qualquer caso existe conflito e constrangimento.
As exclamações, MERDA! e BOSTA! denunciam os nossos pudores com as excrescências do corpo e com aquilo que sai dele. O que é meu ou o resto do que me pertenceu é tido como sujo, feio e imundo. Não há aqui uma apologia do culto às fezes, mas tanto quanto a urina, o suor, a saliva, os cabelos e pedaços de pele que caem, as fezes são parte dos restos não produtivos da fisiologia corporal. Não há sujeira ou pecado nisso, apenas respeito com a fisiologia. Descarta-se sem repugnância.
A exclamação CARALHO! diante de uma frustração nos fala dos tabus ainda existentes em torno do pênis. O falo, símbolo de poder associado ao homem é vítima tanto de fascínio quanto rejeição. Toda a agressão perpetrada sexualmente é feita com o coito forçado do pênis. A associação do CARALHO com a força de raiva descarregada no palavrão pode remeter ao tipo de distorção do uso corporal nos abusos de toda ordem. Socialmente o falo-pênis simboliza o domínio patriarcal doentio que a sociedade atual vem tentando superar de forma ainda infrutífera. Sou superior, forte e respeitado porque tenho pênis. O ressentimento coletivo das mulheres com essa desigualdade somado com o fardo masculino da obrigação de força e inibição dos sentimentos dão ao CARALHO! toda a sua energia de violência.
Vou dar mais um fôlego para você, afinal ficar com muito palavrão na cabeça até cansa. Falarei sobre o CORNUDO e VADIA... Não perca!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Destino e sombra

O psiquiatra suíço Carl Jung, criador do conceito sombra, trouxe uma sabedoria profunda para o campo da psicologia.
Ele notou que a psique humana está em ampla sintonia com os movimentos coletivos, que ele chamou de inconsciente coletivo. O inconsciente individual está imerso e faz parte do coletivo.
Ele também notou que certos acontecimentos internos podem estar em sintonia com acontecimentos externos que não tem uma causa comum. Esse fenômeno que ele chamou sincronicidade descreve “a experiência de ocorrerem dois (ou mais) eventos que coincidem de uma maneira que seja significativa para a pessoa (ou pessoas) que vivenciaram essa "coincidência significativa", onde esse significado sugere um padrão subjacente.”
Como um sonho que alguém tem da morte de um ente querido que falece subitamente no mesmo dia do sonho.
Portanto, Jung percebia certas sincronicidades em percepções internas e acontecimentos observáveis externos.
Existem certas situações na vida que simplesmente espelham nossos estados internos.
Há pessoas que sempre atraem acidentes como uma forma inconsciente de buscar a morte.
Nosso psiquismo busca soluções para os conflitos por meios internos e externos.“O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino” dizia Jung.
Isso significa que não adianta correr, fugir ou se esconder de você mesmo. Por mais tempo que custe, sua vida irá trazer os aprendizados de um jeito ou de outro, custe o que custar.
Seria melhor que buscássemos conscientemente essas soluções para que o destino não trouxesse a lição de forma dolorosa.
As sombras revelam aspectos valiosos da personalidade. Nossa visão sobre esses aspectos é que os torna repugnante. A mesma agressividade que você reprime diariamente é aquela que impulsiona grandes realizações.
É melhor encarar essa força lucidamente do que esperar que um acontecimento violento venha revelar a agressividade que existe dentro de você.
Encare suas sombras, antes que o destino as mostre para você!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Aquilo que você gosta ou não gosta

Não tem a ver com sombra.
Mas quando ouço alguém dizer "eu não gosto de fazer isso" eu logo remendo "você não sabe fazer isso, pois se soubesse faria com mais gosto".
Isso quer dizer o quê?
Que nós gostamos de fazer aquilo que fazemos bem.
Pense em tudo o que você gosta de fazer. Normalmente é alguma coisa que você faz bem. Melhor que os outros ou melhor do que aquilo que faz habitualmente.
A escolha profissional é sempre feita a repseito dos assuntos que você mais gosta.
As pessoas que gostam de matemática normalmente são aquelas que tem habilidade e fazem bem. Já aquelas que dizem odiar a matemática normalmente tentaram muitas vezes e não tinham habilidade.
Com as pessoas também é assim. Você as vezes não gosta de uma pessoa até ela te tratar bem. Depois você fica até constrangido de não gostar mais dela e passa a gostar.
Isso por que nós ficamos nos lugares que somos respeitados, amados, queridos e valorizados. Ou seja, nós nos sentimos bem nos ambientes que temos melhor performance.
Portanto, se você é obrigado a trabalhar ou estudar em alguma que não gosta tente se aplicar e aprender aquilo. Você vai perceber que o desgosto vai passar, pois irá sentir uma sensação de poder pessoal. E com o tempo isso será irresistível, você vai acabar gostando daquilo.
O mesmo se aplica com você mesmo, pois se não gosta de você mesmo é por que não tem feito a si mesmo muito bem.
Se você se aplicar sobre você mesmo com afinco e começar a fazer melhor de si mesmo com o tempo irá gostar mais daquilo que vê no espelho.

O segredo e a Sombra

Desde os mais remotos tempos as pessoas procuram formas de cura emocional como uma maneira de ficar em paz com a própria consciência e ter uma vida feliz.
Atualmente, muitas pessoas recorrem a terapia como uma maneira de compreender melhor seus problemas e assim terem um melhor convívio com as pessoas.
Notei ao longo dos anos que a maior parte das pessoas carrega consigo um segredo que as perturba.
Algumas têm mais consciência, outras menos, mas todas procuram a terapia como uma forma de confissão. Buscam no psicólogo a imagem do sacerdote para abrir seu coração e se verem livres de um acontecimento trágico do passado.
Os segredos causam tanta dor porque estão paralisados na mente consciente ou inconsciente da pessoa. A mente humana é naturalmente dinâmica, movimentada e criativa. Mas no momento que você tem que guardar um segredo – em nome de uma reputação, pedido de familiar ou porque um acontecimento ou informação é inaceitável aos seus olhos – sua mente se paralisa.
Essa paralisia energética cria uma sombra. A mente tem que fazer um esforço redobrado para não esbarrar constantemente naquele evento. É como ficar com um alimento indigesto no estômago.
A partir do momento que você guarda um segredo ele se torna um imã na sua mente. Cada acontecimento que lembre a situação secreta inicial é dragado pela forma mental e une-se àquela sombra.
A paralisia vai crescendo lentamente e em função de um segredo um outro é criado e uma sucessão de mentiras internas e sociais precisam ser contadas para esconder o primeiro segredo. Os caminhos profissionais, afetivos, familiares e pessoais vão enfraquecendo, pois o organismo psíquico quer expulsar aquele elemento intruso, mas não pode.
Três caminhos básicos:
1) Acumular essa sombra de tal forma que estoure em forma de sintomas e revelações drásticas.
2) Compartilhar o segredo como forma liberar a energia reprimida.
3) Aprender a conviver com parte de sua história, sem peso, culpa ou arrependimento.De qualquer forma, o segredo é sempre uma parte legítima que merece vir à luz da consciência. E toda vez que você aprender a suportar sua própria história de vida é sua própria vida que se enriquece...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A primeira impressão

Diz o ditado popular “a primeira impressão é a que fica!”
Eu diria que “a primeira impressão é a que assombra!”
Quando as pessoas nos vêem imediatamente fazem uma impressão sobre nós.
O autor MALCOLM GLADWELL no livro BLINK explica como formulamos essa imagem intuitiva num piscar de olhos.
É como se nosso inconsciente captasse rapidamente o inconsciente da outra pessoa. Aquilo que estiver na sombra do outro pode ser captada instantaneamente pelos outros num piscar de olhos.
“Quando vi você pela primeira vez achei que era tão metido”, podem ter falado para você, “mas depois vi que era uma pessoa adorável!”, complementam.
Por mais adorável que seja a pessoa na verdade transparece a primeira vista sua sombra de arrogância. Isso merece ser avaliado, pois muitas vezes a timidez é uma máscara da arrogância. Mas falarei desse assunto futuramente.
A primeira impressão acaba revelando aspectos positivos como “percebi que logo de cara que você era uma pessoa doce” e depois “mas conhecendo você de perto parece que é mais frio”. Nesse caso, a sombra da pessoa é a emocionalidade e a capacidade de expressar amor.
É comum algumas pessoas perceberam as más intenções de alguém “senti que ele era uma cara estranho”, mas deixando a boa vontade falar mais alto “quis acreditar, mas ele se mostrou dócil e só depois de um tempo percebi que era um mau caráter mesmo”.
Já era tarde!
Nossa intuição inicial sobre alguém nunca deve ser subestimada, pois sempre revela algo da personalidade. Não é motivo para se afastar de ninguém, mas é uma forma de autoconhecimento e do outro também.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Invisibilidade, marginalidade e sombra

Nós – seres humanos – somos estranhos.
Na Declaração dos direitos humanos pregamos liberdade, igualdade e fraternidade para todas as pessoas do mundo inteiro indistintamente.
No entanto, algumas pessoas gozam do status silencioso de anonimato, indiferença e/ou invisibilidade social.
Citarei alguns só para começar: doentes mentais, lixeiros, serventes, prisioneiros, pobres, mendigos, homossexuais, negros, estrangeiros, prostitutas, travestis, idosos, enfim, a lista seria enorme.
O que importa é como elegemos essa grande lista e porque.
Certamente essas pessoas e grupos representam muitas sombras que pertencem a toda sociedade como um todo. O única questão que é preciso refletir é no tipo de vida que essas pessoas levam à margem da aceitação social.
Os doentes mentais são abandonados em hospícios, clínicas psiquiátricas e interpretados como louco-varridos. Raramente olhamos para nossa irracionalidade, loucura, e exageros emocionais.
Os lixeiros e serventes carregam nossa sombra de servidão. Essa faceta que resistimos aceitar, pois queremos apenas comandar e receber favores, nunca prestá-los. Não queremos colocar a mão no lixo e na sujeira que produzimos, do mesmo jeito que fazemos com nossos restos mentais.
Os prisioneiros carregam nossa sombra criminosa, violenta, abusadora e transgressora das normas. Quando reabilitados perante a lei nós os rejeitamos na condição humana novamente. Deixamos nossa criminalidade projetada neles.
Os pobres e mendigos ficam num mundo próprio onde a miséria sobrevive da própria miséria. Esse nosso desejo de abdicar de todo o luxo da vida moderna e entregar-se a uma vida nas calçadas. Eis o que projetamos neles.
Os homossexuais que precisam ter uma vida paralela onde possam buscar sua liberdade de expressão amorosa. Constrangidos pelo olhar duro de uma sociedade crítica pudica carregam a sombra de nossos medos frente os desejos desconhecidos.
Os negros carregam toda a carga de ódio pelas diferenças que sentimos. Projetamos numa raça que consideramos inferior. Desumanizamos uma pessoa pela cor para poder olhá-la com desprezo assim como nos sentimos desprezados pelo nosso crítico interno.
As prostitutas e travestis que aliviam as tensões sexuais de uma sociedade machista e hipócrita relega a essas pessoas as esquinas. Muitos as tem como confessoras de suas desilusões pessoais. Mas diante da sociedade são tratadas como uma subcategoria humana.
Os idosos que simbolizariam a sabedoria de uma vida plena são, na verdade, vistos como pesos inoperantes, ranzinzas e repetitivos. Toda o nosso medo de rejeição é jogado sobre os cabelos brancos de “avôzinnhos”.
Marginalizamos os outros para aliviar nosso sentimento de marginalização interior. Ao ignorar e desprezar os outros me sinto menos ignorado. Sinto-me ativo no ato de desprezar e menos humilhado.
No entanto, me torno invisível para mim. Isso é sombra, a nossa invisibilidade interna!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Palavrão e a Sombra - Parte 1

“Os desapontamentos da vida são mais difíceis de encarar quando você não conhece nenhum palavrão.”
Calvin, personagem da charge
Calvin & Haroldo criada por Watterson


Não é nova a mania das pessoas de ofenderem a moral alheia.
Seria ousado dizer isso, mas em todas as épocas da humanidade sempre utilizamos o recurso de ofensas verbais para denegrir a reputação de alguém ou até mesmo rebaixá-la diante de nossos olhos.
Falemos, então da maneira mais rápida e costumeira de ofender alguém: o palavrão.
Resolvi falar dos palavrões, pois eles expressam diretamente as grandes sombras de um período e comunidade.
Os palavrões ao longo da história assumiram diversas texturas dependendo do momento político, social ou religioso predominante.
Seria estranho alguém ofender ou ser ofendido ao utilizar termos como blasfemo, comunista, leproso ou plebeu. Essas são ofensas morais ultrapassadas e que carregavam todo o contexto histórico da fase em que eram utilizados.
Descreveremos os mais utilizados e depois comentaremos sobre alguns.
Filho-da-puta, cuzão, viado, canalha, bixa, mulambento, safado, ladrão, vai tomar no cu, vai se fuder, vai pra puta que o pariu, galinha, vadia, puta, vagabunda, talarico, chifrudo, cornudo, rampeira, puxa-saco, cretino, burro, preto-safado, negão, traira, muquirana, merda, bosta, caralho, porra, retardado, débil mental, maluco, depravado, tarado, branquela, quatro-olhos, cu-de-ferro, mão-de-vaca, orelhudo, dentuço, cabeção, baiano, gringo, topetudo, raspa de taxo, bunda mole, baitola, cabrão (viado em português) e aeroporto de mosquito, escroto e etc.

Se pudéssemos classificar por temas, ficaria mais ou menos assim.

Corporal-Sexual: Filho-da-puta, cuzão, viado, canalha, bixa, safado, vai tomar no cu, vai se fuder, vai pra puta que o pariu, merda, bosta, caralho, porra, depravado, tarado

Comportamento: galinha, vadia, puta, vagabunda, talarico, chifrudo, cornudo, rampeira, traira, topetudo

Financeiro: ladrão, puxa-saco, muquirana, mão-de-vaca

Racial: preto-safado, negão, branquela, loira burra, baiano, gringo

Intelectual: cretino, burro, retardado, débil mental, maluco, cú-de-ferro

Estética: quatro-olhos, mulanbento, orelhudo, dentuço, cabeção

No início do século XXI, na cultura brasileira, ainda predominam as ofensas de cunho eminentemente afetivo-sexuais.
A sexualidade ainda é tema de tabus, conflitos e embates íntimos numa época onde se prega tanta liberdade sexual.
A liberdade sexual genuína livre de distorções, traumas, infantilismos é vivida por raras pessoas. Não há normatividade, regras e manuais de auto-ajuda que estimulem uma mudança radical no comportamento sexual das pessoas.
O sexo foi, é e será sempre um tema controverso e repleto de exageros, mal-entendidos e gerador de problemas. Pois no fundo o sexo mexe com duas dimensões também controversas na temática existencial humana: matéria e espírito, o corpo de um lado e o amor de outro.
Dos palavrões enumerados os que ferem mais a suscetibilidade alheia é o FILHO DA PUTA, pois ele mexe com múltiplas sombras nossas. Nem sequer questionamos a natureza dessa ofensa. Atrás dela trazemos uma série de preconceitos e distorções sobre a sexualidade e sobre a figura “sagrada” da mãe. O FILHO DA PUTA é aquele que foi nascido de uma prostituta, carrega consigo os dramas mais infames que qualquer um teme passar, ser filho de uma mulher que vende suas práticas sexuais em troca de quantias variadas. O FILHO DA PUTA pode ser um filho de pai desconhecido, fruto do interesse puramente corporal e destituído de compromisso e sentimento de amor, é o símbolo do bastardo renegado e sujo.
Sua mãe não tem moral, seu pai não tem face e sua concepção é destituída de intimidade afetiva. É o filho da imundice social. Da mulher que é o expurgo e sombra da humanidade “a profissão mais antiga do mundo” se diz.
Esse artigo continua, pois continuarei falando sobre o FILHO DA PUTA e falarei sobre como VAI TOMAR NO CÚ e outros. Acompanhe!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Finalmente, a capa do livro

Só para matar a curiosidade!
Vou divulgar a capa do livro!
Espero que gostem...


Masoquismo, sofrimento e sombra

Há um termo em psicologia criado pelos psicanalistas que se chama “ganho secundário” que pode ser definido como algumas vantagens que a pessoa encontra como subproduto das neuroses. É uma estratégia para obter benefícios psicológicos de um problema mais profundo.
Trato desse tema pelo seguinte motivo, ele é um dos maiores desafios para a terapia.
Vou dar alguns exemplos...
Uma mulher está num relacionamento destrutivo, no entanto, a sensação de importância que carrega consigo traz um ganho secundário. Ela se sente uma heroína por suportar um marido autoritário e violento. Sobrevivendo dessa migalha psicológica ela evita o verdadeiro conflito que é não conseguir viver sozinha e independente emocionalmente. E além, disso não consegue encarar sua sombra de violência.
Uma mãe está sempre inibindo seu filho de alcançar liberdade pessoal. O menino se queixa da prisão que a mãe o cerca, no entanto, não consegue fazer nada por si mesmo. O tormento que ele agüenta é compensado pelo ganho secundário de manter-se protegido do mundo adulto pela mãe dominadora. A sombra mais profunda é seu medo misturado com rancor por essa mãe altamente destrutiva.
O sujeito permanece num emprego ruim e se queixando do baixo salário. Mais sua aflição profissional traz o ganho secundário de ele nunca ter que verdadeiramente se arriscar. Revela sua sombra de inoperância e uma tentativa de evitar as frustrações caso realmente tente mudar de vida.
Portanto, com os ganhos secundários a pessoa vai vivendo uma vida subaproveitada. Prefere o sofrimento conhecido do que a felicidade desconhecida.
Como resultado a pessoa pode viver uma existência inteira lamentando-se de problemas de importancia secundária para não se deparar com as sombras mais dolorosas.
Gosto da frase do amigo psicólogo Celso Nogueira “melhor um fim trágico do que uma tragédia sem fim!”

sábado, 5 de setembro de 2009

Dor, crise e Deus

Na oração do Pai-nosso há uma frase que diz “livrai-nos do mal”.
Uma grande questão é levantada quando as pessoas pedem para que Deus as ajude a superar uma dificuldade: do que afinal elas querem ficar livres? E se souberem, é importante que fiquem livres?

Muitas vezes aquilo que você atribui como ruim, penoso e sofrido guarda uma revelação transcendental para sua vida.
Nossa visão da realidade é sempre muito curta comparado com a complexidade de uma vida inteira.
Aquilo que chamamos de sofrimento é um embate entre aquilo que desejamos e estamos apegados e uma força externa que nos tira o objeto de desejo.
O sofrimento revela as nossas sombras. É aquilo que nosso ego se apegou que cria uma sombra.
Por exemplo, você está extremamente apegado na mulher de sua vida e de um momento para o outro ela anuncia que vai lhe deixar. Seu coração religioso imediatamente irá clamar para que Deus mude a idéia da amada.
Essa situação vai evidenciar tudo aquilo que foi deixado de lado durante essa paixão enlouquecida: sua vida, sua profissão, seus planos pessoais e sua vida no sentido mais amplo. O seu desejo pessoal é que ela volte, mas o movimento da vida se mostra mais amplo diante de seus desejos quando a pessoa amada se vai.
Um acontecimento que agride sua personalidade pode ampliar a visão de sua alma se você se permitir olhar além.
O teólogo junguiano Kunkel resume isso numa frase brilhante“na batalha decisiva, Deus está sempre do lado da sombra, não do lado do ego.”
Isso quer dizer que o movimento mais amplo da vida está à favor da evolução e da descoberta do desconhecido.
O ego se fecha, a sombra amplia!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

7 pecados - Ira

Já não conseguia mais conter sua mania: revistas.
Seu quarto de moleque vivia cheio de todo o tipo de gibi: contos, romances, policias, super-heróis, manga e até os temas adultos.
Por onde passava deixava um rastro de papel.
Banheiro lotado, sala esparramada, cozinha entupida. Nenhum espaço da casa era poupado. Seus pais preferiam não contrariar a paixão do garoto:
- Seja que vai ser jornalista? – perguntava para si mesmo o pai sonhador.
Sem resposta tentava controlar o temperamento da esposa que estava pronta para dar um jeito no guri:
- Se não falar você falo eu, mas vai se arrepender se eu tiver que dar a bronca – resmungou a patroa.
Diante da exigência final o pai tomou o pulso e ameaçou o garoto:
- Ou para com essa revistaiada pela casa ou meto-lhe a mão na cara.
O menino assustado ensaiou uma fuga, mas com olhar maroto respondeu sorrindo:
- Pode arrebentar meus dentes!


A ira é o pecado dos mimados. Toda pessoa bravinha no fundo é uma criança tirana que quer atenção exclusiva e que seus desejos sejam atendidos imediatamente.
Perceba os motivos que te deixam irado, normalmente se referem a contrariedade, frustrações e sentimentos de rejeição.
Há crianças que são desnecessariamente reforçadas nas atitudes mais dóceis e naquelas mais estúpidas. Os pais ficam como babás e serventes do filho. Acreditam que uma criança não deve passar nenhuma privação.
Quando crescem essas pessoas sentem dificuldade de ser contrariadas, pois foram habituadas exageradamente a não esperar muito para terem o que quer.
Mas como não podem choramingar para os pais usam da agressividade para obter os seus desejos.
O irado impõe o que quer, como quer e na hora que quer. E ele sempre vai encontrar alguém que tenha muito sentimento de culpa para suportar sua ira e ainda achar que mereceu.
O irado costuma dizer “não consigo me controlar, é mais forte que eu”. Essa é a mentira socialmente aceita. Pois coloque um irado a beira de uma ataque de nervos na frente do chefe (às vésperas de uma promoção para um cargo de responsabilidade) e você verá se ele não consegue se controlar. Qualquer um consegue se controlar, a menos que seja um psicótico.
Se a pessoa não consegue se controlar é porque no fundo ela não quer se dar o trabalho de se controlar. Talvez porque já não tenha respeito pela vítima da ira. Nessa era é bom repensar a qualidade da relação amorosa, familiar ou de amizade.
A humildade de se reconhecer impotente frente a ira é fundamental. E perceber o quanto a raiva é viciante e dá um sentimento de poder. Aterrorizar com a agressividade, eis o verdadeiro pecado do irado. É preciso se redimir.

A menos que você tenha muito orgulho para voltar atrás e pedir desculpas! O próximo e último pecado...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Por que gostamos de quem não gosta de nós?

Coisa curiosa o ser humano.
Preza o que o despreza e despreza quem o preza.
O que tem não queré quer o que não tem.
Ama quem o rejeita e rejeita quem o ama.
Por que o mais difícil é mais gostoso?
Nós aprendemos a arte de amar com nossos pais. o modo como eles nos amam e se amam e nossa retribuição vai criando padrões de relacionamento.
Uma dinâmica básica que Sigmund Freud descobriu na natureza dos relacionamentos humanos é que toda criança se apaixona pelo pai do sexo oposto. E esse amor, é por natureza proibido, isso quer dizer que o seu primeiro amor é proibido e inacessível ao seu desejo. Nos sentimos rejeitados.
Mas o padrão se perpetua, pois como uma forma de superar essa dor a pessoa incorpora dentro de si a figura do rejeitador e do rejeitado.
Depois segue o comportamento (inconsciente) oras rejeitando (como forma de reviver de reviver o o papel do pai rejeitador) e oras rejeitado (para reviver o próprio papel de vítima).
É um ciclo que se realimenta na tormenta da rejeição.
A pessoa que nos ama soa "babona" e "bobona" e a pessoa a quem amamos parece iluminada, radiante!
Coisa estranha...

Depressão e Sombra

Normalmente a pessoa deprimida é vista como pessoa frágil, de personalidade delicada, temperamento melindroso e sensível ao menor dos abalos.
Concordo com tudo isso, se a pessoa for analisada na superfície.
A pessoa deprimida é um desafio para a psicologia, pois normalmente é o tipo de pessoa desesperançosa que tenta arrastar quem quer que seja para a areia movediça de seus sentimentos.
Qualquer ajuda é considerada intromissão ou vista como insuficiente. Faz de todos a sua volta escravos de sua tristeza irrecuperável e impotentes frente a tanta dor e sofrimento emocional.
Nas profundezas sombrias, eu digo que o deprimido é o narcisista “que caiu do cavalo”. Explico!
O narcisista é aquele que acredita e sente que o mundo lhe deve favores e que a realidade deve ser torcida e mudada conforme seus gostos e desejos. Nada lhe passa despercebido e todos tem que circular em volta de seus desejos. Deve ser atendido aqui e agora e por todos, sem exceção.
É um mimado de carteirinha.
Mas nem todo narcisista é bem sucedido. Os ricos, bonitos e famosos são tolerados pelo seu dinheiro, glamour e excentricidade. Mas aqueles que estão fora dessa categoria (a maioria) os não-tão-bonitos, nem-tão-ricos e anônimos não são tolerados pela maioria. Fora a família, ninguém suporta as criancices de uma pessoa narcisista.
Pela dificuldade que essa maioria tem de exercer o poder sobre os outros ela percebe que o mundo lhe escapa pelas mãos. E na medida que vai ficando adulta ninguém mais suporta os ataques de birra e estrelismo antes tolerados pela infância.
O resultado é um quadro crescente de depressão. Ou seja, é o narcisista caindo do cavalo, pois o mundo não o serve como ele deseja. Não consegue mais nada como quer e não exerce poder sobre ninguém. Seus sonhos não são realizados magicamente e só com esforço, que ele nunca se dispôs a ter para conseguir o que quer.
Essa maré decrescente vai acumulando insucessos até que a pessoa começa a se queixar de seu fracasso pessoal. De tal forma que realmente os acontecimentos se tornam desastrosos na sua vida.
O quadro final é aquilo que chamamos de depressão: apatia constante, falta de forças emocionais e físicas para seguir em frente, choros ininterruptos e desalento geral no desempenho social.
O psiquiatra Geraldo Ballone comenta em seu site: “busca do gozo e do prazer, o hedonismo dominante da sociedade moderna, quando não está continuamente presente na vida da pessoa, quando não mobiliza para o lazer, quando não se manifesta com extroversão, inquietação ou euforia, acaba causando um estranhamento capaz de fazer pensar em alguma coisa anormal, mórbida, patológica.”
Mas nem sempre a depressão é depressão, mas é um narcisismo fracassado.
A saída para o deprimido é aceitar que é emocionalmente mimada. Coisa rara de acontecer, confesso, mas é o começo da solução.
O segundo passo é exercitar a aceitação do mundo como ele é e não como gostaria que fosse. Depois perceber que ele não é a referência única do planeta Terra e que não tem privilégios frente os outros.
Ainda perceber que o amor é um sentimento de duas mãos, dar e receber. Nem só uma coisa ou só outra.
Por final, aceitar que a ajuda que precisa vem de sua humildade frente a existência humana e que ele é parte da complexidade planetária que precisa de amor tanto quanto ele.

Luz e Sombra

A paciente A. me perguntou se sombra só tem coisa ruim.
Boa pergunta, e deve ser de outras pessoas também.
A sombra nunca é ruim.
Agressividade, desejo e intensidade só se tornam difíceis de se conviver na medida que ficam na sombra.
A sombra é a fonte da luz e a luz é a fonte da sombra.
Não a luz sem sombra e não há sombra sem luz.
Portanto, é maneira que encaramos a sombra que a torna degenerante e recriminatória.
A agressividade na luz é ação, na sombra é violência.
O desejo na luz é vida, na sombra é tristeza.
O egocentrismo na luz é autoestima, na sombra é depressão.
A inveja na luz é progresso, na sombra é amargor à felicidade alheia.
O orgulho na luz é humildade, na sombra é prepotência.
A traição na luz é reciclagem e renovação, na sombra é desprezo e covardia.
O medo na luz é alerta, na sombra é inoperância.
A frieza na luz é discernimento, na sombra é crueldade.
O amor na luz é expansão, na sombra é apego paralisante.
Nada na vida é ruim por si e em si, tudo fica sob a perspectiva do uso que se faz dela...
Luz e sombra andam juntas, depende de quem vê!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Dinheiro e sombra

Você acha que todo mundo tem um preço?
A maioria das pessoas diz que não. "Sou invendável!" Dizem os enfáticos. "Isso é um absurdo!" Dizem os moralistas.
Mas quando olho as relações humanas um pouco mais de perto chego a uma conclusão (não definitiva) todo mundo já se vendeu alguma vez na vida.
Duvida?
Vamos aos fatos.
Você nunca perdeu a paciência e ficou noites sem dormir quando esteve com alguma dívida?
Já se aproximou de uma pessoa por que ela tinha influência, dinheiro ou poder?
Já tentou se infiltrar em rodas e ciclos de pessoas mais endinheiradas?
Já ficou em um serviço opressivo por conta do salário.
Já estendeu um namoro ou casamento para além do necessário só por segurança financeira?
Já tentou entrar numa balada VIP?
Já "esqueceu" de devolver o troco?
Brigou com a mãe por causa da mesada atrasada?
Já ficou enfurecido por não ganhar o presente que sonhava?
"Sobrevivência", dizem as pessoas que gostam de ver o lado bom de tudo.
Concordo, mas é parte da explicação.
Não admitimos isso porque pensamos que isso faz parte do dia-a-dia capitalista. Sem dúvidas, são as regras do jogo.
Mas o problema é viver diariamente essas regras e ficar passando por santinho, puro e desinteressado.
Nós perdemos nosso equilíbrio, nossa paz por muitos poucos reais.
Há os que querem fugir dessa realidade amarga fugindo do "materialismo" e escolhendo uma vida frugal. Até acredito neles, mas a conta bancária vai revelar qual é a verdadeira filosofia de vida por trás da santidade.
Você se choca com jovens beldades casadas com velhos, gordos e milionários. Bem-vindo ao mundo da sombra.
A nossa sombra de interesseiros está exposta agora. Estou incluso nisso. Tenho um preço...
É só isso que nós somos? Não, mas essa uma parte pouco contada das histórias de sucesso profissional, amoroso e outras mais.
Meio forte esse texto?
Também acho, aliás essas coisas saem de mim um pouco institivamente. Entre uma sessão de terapia e outra chego a essas conclusões (um pouco pessimistas para alguns ou realista para outros).
Meu objetivo com essas reflexões é levar você, bloggeiro, a mergulhar nas facetas mais obscuras e não menos valiosas da natureza humana. Isso traz a luz da consciência!
Qual é o seu preço?

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