sábado, 31 de outubro de 2009

Animais de estimação e a sombra

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Uma grande carência de uma
sociedade que não suporta
mais contato humano
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No livro de auto ajuda e psicologia "Por que fazemos o mal?" falo sobre a 3a lei da sombra que diz "A sombra pode ser projetada no outro ", esse texto fala sobre isso.
Se você não tem um animal de estimação tenha. Está na moda ter um pet.
Em épocas que livros com cachorros, gatos, papagaios, leões, elefantes, hipopótamos, macacos vendem como água (que inveja!) você precisa entrar para essa tribo.
É curioso como os animais de estimação estão sendo promovidos a semi-deuses domésticos. Eu adoro eles, nada contra, mas é de se estranhar que um cachorro tenha uma cama maior do que qualquer filho de classe média teria.
Noto nessa idolatria pet uma grande carência de uma sociedade que não suporta mais contato humano. É tão insuportável conviver com as frustrações humanas que as pessoas preferem adotar um relacionamento “íntimo” com um animal.
Essa idéia foi celebrizada por uma artista que disse "quanto mais eu conheço os homens, mais eu gosto do meu cachorro".
É fácil, pois o bicho não resmunga, não se magoa, não questiona, não deduz, não imagina o que você está pensando e portanto, reage conforme suas expectativas e desejos.
Provavelmente a pessoa que adora animais deve estar pensando agora “esse Fred não deve ter um pet para falar isso, é lógico que eles pensam e sentem...”
Nada mais bonito que a projeção psicológica para fazer alguém acreditar que o animal sente e pensa como um humano.
Todas as fantasias não realizadas, sonhos frustrados, maternidades mal elaboradas encontram na petlândia um terreno propício para verdadeiros shows de horrores.
Os animais depois de um tempo escravizam seus donos. O cientista é dominado pelo monstro que criou.
Isso não é uma visão pessimista da situação, mas é um retrato de como nos distanciamos de nossa essência humana. Esse é um sinal de nossa intolerância e busca de relações idealizadas. No fundo nos sentimos frágeis e vulneráveis diante de relações humanas reais, não queremos nos arriscar. Preferimos um ser (e eles são adoráveis, por favor tenha um pet) que apenas responde do que um ser que reage de forma independente e pode nos machucar.

Estamos com um sentimento de isolamento existencial enorme. Mas a solução não é a negação. Não adianta ficar sentado em cima do elefante, pois ele não irá desaparecer. Se procuramos realmente uma conexão verdadeira precisamos nos movimentar nessa direção e sermos humanos também. Apenas receber um amor incondicional não basta.

É a sombra dominando mais uma vez!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Mãe, cuidado e inveja

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Muitas mães escondem atrás
dos cuidados a inveja
que têm dos filhos
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Vou tratar de um assunto polêmico. (para variar)
Um paciente de seus 20 e poucos anos se queixou do excesso de cuidados de sua mãe zelosa.
"Cuidado com a chuva", "não vá correr no trânsito", "Não seja tão afoito", "não faça nada que depois vá se arrepender".
À primeira vista parece um cuidado carinhoso com o bem estar do filho, mas se olharmos com mais cuidado notaremos uma dose de pessimismo nessas frases de cuidado.
O medo subliminar provoca mais paralisia do que amor. Por trás das frase de cuidado lemos na legenda "vai chover e você vai ficar doente", "você vai sofrer um acidente porque é descuidado e incompentente, eu não confio em você no volante", "você só se mete em bobagens e eu não confio na sua capacidade de decisão e escolha!", "você não pode se arriscar na vida, eu não me arrisco e portanto você também não pode se arriscar, pois vai dar tudo errado".
É estranho dizer, mas como as pessoas deixam de tomar atitudes realmente ousadas na vida elas começam a dar "bons conselhos" para os outros incentivando com amor.
Mas honestamente mãe do meu Brasil, que forma de amar mais "desgracenta".
Amor é cuidado e lucidez e não medo. Muitas mães escondem atrás dos cuidados a inveja que têm dos filhos por eles estarem jovens e fazendo coisas que os pais jão não tem coragem de fazer.
Assuma para si mesmo "eu não tenho coragem de me arriscar mais na vida, mas não posso tirar o direito do meu filho se arriscar, preciso conter minhas recomendações".
Lembre-se que você não tem uma bola de cristal e nem todo o risco resulta em desgraça.
Como seria então uma boa recomendação de mãe.
Seria algo do tipo "o tempo está estranho hoje, será que vai chover?", "eu fico mais segura quando vejo você se cuidando", "eu admiro seu jeito de ser independente e tentar novas possibilidades", "è importante tentar coisas novas, a gente sempre tira um apredizado de tudo!"
O amor com consciência e cuidado!
Mas tenho certeza que se você olhar para o seu autocuidado e viver plenamente com certeza você irá ficar feliz com as ousadias de seus filhos.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O trânsito e a sombra

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Os demônios interiores
afloram ao ronco do motor
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No livro de auto ajuda e psicologia "Por que fazemos o mal?" comento sobre a repressão dos sentimentos. Esse texto trata disso!
O trânsito de São Paulo é caótico. No entanto, acho que a coisa mais caótica do trânsito é o motorista paulistano.
O sujeito está dentro de um carro (e sempre acha que o seu é o melhor e mais possante) e se sente blindado e imunizado de qualquer reprimenda moral.
Buzina como uma criança desaforada. Acelera sobre os carros menores como se fosse um cachorro violento. Grita palavrões como se estivesse no quintal de casa (nem lá seria tão grosseiro).
Por que razão?
Pelo simples motivo do anonimato escondido na lataria possante.
A sombra come solta nas ruas paulistanas. Tudo que aquele homem recatado seria incapaz de fazer à pé ele realiza atrás do volante. As mulheres que quando caminham são tão doces viram verdadeiras guerreiras amazonas sobre quatro rodas.
Os demônios interiores afloram ao ronco do motor.
O motorista paulistano sofre do que chamei a “Síndrome de Ambulância”. Ele acredita que tem o mesmo privilégio que uma ambulância que carrega um moribundo. Mas a pessoa prestes a morrer é o motorista ao lado.
O sujeito acelera em cima dos outros carros como se fosse o dono da avenida. Ele se sente no direito de aterrorizar porque está com pressa. Simples motivo. Mas ele se esquece que todos estão com pressa.
Na sua fantasia ele gostaria que todos os carros abrissem passagem para a vossa realeza passar com a carruagem majestosa.
Felizmente, o trânsito de São Paulo é justo com todos. Todos chegam atrasado!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Eu tenho medo das pessoas boas

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As que se acham boas
normalmente são as
que mais agridem
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Depois do lançamento do livro de auto ajuda e psicologia "Por que fazemos o mal?" muitas pessoas vieram me perguntar "por que fazemos o mal?"
Essa pergunta não tem uma resposta simples e nem curta, mas posso dizer que na maior parte das vezes fazemos o mal porque pensamos fazer o bem.
Eu sempre confio mais em quem se assume um pouco torto do que naqueles que se entitulam corretos!
As pessoas "boas" sempre tem uma boa razão para agir de todas as maneiras. Elas se autorizam agir de uma forma dura e até reativa porque julgam agir bem.
Mães que sufocam os filhos a pretexto de educar.
Amigos que passam amigos para trás com a idéia de que eles vão compreender.
Maridos que destratam a esposa por achar que cumpre com seus deveres maritais.
Mulheres que maltratam o marido com a justificativa de colocá-lo nas rédeas.
Chefes que humilham empregados para explicar o atingimento de metas.
O problema é que esse é o começo da história. Com o tempo aquela brechinha moral se torna um abismo.
Depois de ter uma boa razão para "educar" alguém a pessoa começa a destratar até maltratar. Então, o mal está feito.
Aquelas pessoas que se admitem invejosas ou peçonhentas normalmente são as que mais procurarm se educar para que as garras não apareçam.
Mas aquelas que se acham boas normalmente são as que mais agridem com uma boa justificativa como pano de fundo!
Eu tenho medo delas!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Agradecimento

Agradeço a todos que compareceram no dia do lançamento do meu livro!
Espero que estejam gostando da leitura e por favor dêem seus feedbacks e divulguem o livro!
Depois informo outras formas de adquirir o livro!
Você pode adquirir pessoalmente no
Instituto Evoluir que fica à Rua Fernandes Pinheiro, 295 - Tatuapé - São Paulo.
Ou
enviando um e-mail para mim no porquefazemosomal@yahoo.com.br
Ou
Pela livraria virtual Asabeça
http://www.asabeca.com.br/detalhes.php?prod=4948&kb=852
Em breve no site da livraria Cultura!
E se você tiver contato com algum dono de livraria e quiser apresentar o livro, por favor entre em contato!
Abraço a todos, e depois coloco as fotos!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Hippies X Capitalistas

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Um é o espelho invertido do outro
e ambos têm algo em comum
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No livro de auto ajuda e psicologia "Por que fazemos o mal?" comento sobre "Vender a alma ao diabo", esse texto trata disso.
Eu acho curioso algumas coisas (acho muitas coisas curiosas). Algumas pessoas são tão preocupadas com o mundo material e outras tão preocupadas com o mundo espiritual. E na maior parte das vezes uma acaba virando um pouco da outra.
Quantas pessoas você conhece que um dia já foram hippies e hoje são workaholics. E pessoas que grande notoriedade e proeminência financeira que deixaram tudo e foram se dedicar à buscas espirituais?
Chego à conclusão, que no final das contas um é o espelho invertido do outro e ambos têm algo em comum: fogem da vida comum.
O chamado capitalista extremo foge da vida comum buscando um mundo material onde ele não seja privado de nada e não passe nenhum desconforto ou frustração.
O chamado espiritualista extremo foge da vida comum transcendendo o mundo material em busca de um mundo espiritual cheio de paz e com uma plenitude imune a qualquer desejo perturbador ou fracasso pessoal.
A cura para ambos seria mergulhar um pouco na vida como ela é.
Uma dose de céu para o capitalista e uma dose de terra para o espiritualista.
Todo extremo contém em gérmen o seu pólo oposto e mais dia menos dia um irá se converter no outro. Essa conversão radical é sinal de cura?
Nem sempre, pois qualquer extremo radical esconde uma sombra oposta muito densa...
No momento que o capitalista ouvir sua sombra desapegada talvez consiga ter uma vida menos estressada e mais equilibrada. E na hora que o hippie new age ouvir sua sombra materialista é possível que sua vida prática, social e financeira se ajuste melhor na realidade que vivemos.
Os familiares certamente irão agradecer essa dica. “Nem tanto ao céu e nem tanto a terra”, já dizia o ditado.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cartomantes, simpatias e macumbinhas

Quem nunca foi ou sentiu curiosidade de ir em algum cartomante?
Adoro as cartomantes, nada contra, mas o que leva as pessoas a tentarem descobrir a qualquer custo o que lhes acontecerá no futuro?
E quem nunca fez uma simpatia? Daquelas de colocar o nome da pessoa amada num papel e depois beijar e jogar no mel (acabei de inventar uma)...
Ou quem nunca ficou morto de curiosidade em ver se uma boa macumbinha iria resolver o desemprego ou trazer de volta a pessoa amada?
O que leva algumas pessoas a querem manipular ou prever o destino de suas vidas?
Acho que dois fatores, elas não confiam na vida e não confiam em si mesmas.
Não confiam em si mesmas, pois acreditam que uma pessoa ou seres com poderes especiais (não estou questionando os poderes de ninguém...) seriam capazes de alterar o rumo das coisas.
É uma crença ingênua num poder exterior a si mesmo que não existiria sem aquele elemento mágico. Isso esconde uma crença secreta de que os nossos desejos têm que ser atendidos de um jeito ou de outro, à qualquer custo.
Na medida que a simpatia ou o despacho for realidade eu posso interferir no destino, na vontade e na ação de uma outra pessoa. É uma sombra de onipotência. Elas se esquecem que o universo não privilegia ninguém. Ninguém passa na frente da fila. Cada um tem seu momento e seu lugar.
O futuro é resultado de uma série de ações no momento presente. Na medida que você se põe à caminho no fluxo da vida qualquer benção ou benefício cósmico chega até você de um jeito ou de outro. Não é preciso dobrar o tempo ou o espaço para que seu desejo ocorra.
Deseje e trabalhe, mas se nada funcionar tenha humildade e comece a rever seus desejos e analise se seu desejo de felicidade inclui a felicidade de outras pessoas...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Os capítulos do livro

Só para deixar uma curiosidade!

Apresentação
Introdução
Conceito de sombra
As várias caras da sombra
Máscara
O mundo das sombras tem as suas leis
A sombra no dia-a-dia
Sobre a mente criminosa
Alerta importante – sobre a culpa
Sobre os sentimentos
Por que nunca tenho sucesso?
Sombras em casal
Sombras familiares
Sombras profissionais
Agressividade
Sexualidade
Dinheiro
Existencial
Vender a alma ao diabo
A sombra de nossos tempos
Afinal, o que é o mal?
Qual o limite do mal?
Para quem quiser trabalhar com a sombra
O que as sombras escondem de bom
Paradoxo: o bem e o mal
Benefícios de integrar as sombras
Exercícios· Básico Intermediário Avançado
Conclusão
Filmes indicados
Indicação de livros

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O nome e a sombra

Você já se perguntou sobre a história do seu nome?
Eu já fiz muitas vezes essa pergunta para meus pais e a cada vez que pergunto conheço uma história reveladora sobre minhas sombras.
“Mas até nisso existe sombra, Fred?”, você está se perguntando.
Se eu pensar que a sombra inclui tudo aquilo que me diz respeito mas é inconsciente e velado a mim mesmo, sim, seu nome também carrega uma sombra.
Meu nome, por exemplo, Frederico significa “Príncipe da Paz”. Quer coisa mais metida do que essa? É quase um insulto de tão prepotente que quer dizer esse nome. De fato eu sempre me meti nas brigas dos meus pais (quem nunca fez isso...) porque eu queria que eles se dessem bem a todo custo.
O príncipe da paz sempre se incomodou com pessoas fazendo escândalos ou brigando. Eu sempre quis me preservar de relacionamentos agressivos. E qual é a sombra por trás disso? A agressividade, a briga e a guerra. São coisas que eu preciso me manter sempre alerto, pois meu lado pacífico esconde uma grande propensão para a agressividade e os chutes por debaixo da mesa.
Eu acabava reprimindo minhas raivas, mas elas se manifestavam em forma de teimosia, birra e mau humor. Não deixa de ser uma forma velada de agressão.
Se eu começar a falar sobre como meus pais escolheram o nome... Isso dá uma novela. A versão que minha mãe conta é que meu pai queria que eu tivesse o mesmo nome dele. Mas, então eu chamaria André Neto. Para amenizar ela me deu o nome de Frederico André. Mas meu pai teve um colega de trabalho que ele não gostava com esse nome, mas acabou aceitando. Detalhe... Minha irmã chama Andréa. Original!
E tem mais, minha mãe teve um paquera na adolescência dela com o nome Frederico. Além disso, ela adorava o nome do famoso pianista Frederic Chopin, por sua música espiritual.
Qual a sombra disso? Eu tinha uma certa rivalidade inerente com meu pai e queria casar com minha mãe. Que Complexo de Édipo escondido no meu nome, hein?
Mas tudo bem, depois de muita terapia isso foi se resolvendo e minhas sombras ligadas ao meu nome foram vindo para à luz da consciência.
Depois de me desnudar nesse texto espero que ele tenha esclarecido como podemos descobrir as sombras ocultas no nosso nome e sobrenome.

domingo, 18 de outubro de 2009

Ocultismo e sombra

Algumas pessoas têm uma fascinação por tudo aquilo que é oculto e místico.
Adoram conhecer sobre as forças mágicas da natureza. Ficam fascinadas pelo gosto dos astros, das ervas, dos encantamentos, magnetismos e tudo que revele um segredo oculto do universo.
Mas qual a motivação inconsciente dessas pessoas pelo oculto?
Na realidade, essas pessoas temem tanto o invisível que tentam a todo custo compreender racionalmente o que se passa numa realidade paralela.
Temem serem engolidas pelas forças mais avassaladoras que podem emergir do mundo oculto. Sua fascinação é uma forma de tentar domesticar os demônios indomesticáveis.
Sentem-se especiais, pois estão de posse de um conhecimento secreto e mágico que pode alterar o destino do mundo.
Essa sensação de ter um conhecimento encantado as faz sentir detentoras de habilidades únicas e maravilhosas. Como se possuíssem o dom de realizar grandes prodígios que só estariam reservados a elas.
A grande sombra dos ocultistas é fincar os pés na realidade e colocar sua vida material acontecer de verdade, mas há tanto medo em se subjugar pela matéria que acabam sempre viajando na maionese cósmica.
O curioso é que para quem tem intimidade com o mundo oculto, quase não é preciso se sentir arrastado para os conhecimentos mágicos. Mas são as experiências transcendentais que chegam até a pessoa.
Nilton Bonder, um reconhecido rabino judeu, trata muito bem desse assunto no livro “O sagrado”.
Vale a pena ler...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Sombra e seres espirituais

Quero tornar esse tópico ecumênico, pois todas as religiões partem da idéias de que existem forças espirituais perturbadoras da ordem natural.
Cada religião oferece ampla informação sobre o assunto como formas de oração, esconjuro, exorcismo, trabalhos espirituais, enfim, muita maneiras de exterminar a ação de seres maléficos. Chamem esses seres de demônios, o Inimigo, diabo, encosto, exu ou obsessor.
Para agir sobre nós, essas mentes intrusas não trazem pacotes prontos com todas as tentações, idéias fixas e defeitos morais que nos atormentam. Toda forma de atuação espiritual repousa sobre nossas sombras.
Como inteligências do além, essas mentes intrusas se valem de tudo aquilo que te incomoda para perturbar suas melhores intenções.
Seria trabalhoso inventar novos elementos e estranhos. O processo de dominação espiritual parte de tudo aquilo que está reprimido em seu inconsciente pessoal e familiar.
Certa vez uma pessoa disse que estava enfrentando uma batalha espiritual. Em sua denominação religiosa lhe propuseram sessões específicas de oração e fervor para afastar a mente intrusa. Ele aceitou desesperadamente os pedidos do sacerdote, mas não conseguiu grande resultado apesar do alívio que sentiu. As mentes intrusas apenas fizeram “campana” em volta da sombra para poder criar desconforto e chegar a uma dominação mental. Quando tomou conhecimento de sua sombra, pôde fechar o espaço onde as mentes intrusas se instalavam para perturbar a consciência.
A tentação dos males espirituais é superada quando nós próprios olhamos a tentação de frente antes que as mentes intrusas o façam.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Diga-me com quem andas...

Diz o dito popular, "diga-me com quem andas e eu te direi quem és"
Sob o olhar da análise sombria eu diria que é "diga-me quem és e eu te direi com quem andas!"
Até que ponto fazemos concessões para estar com pessoas de comportamento duvidoso?
Você trabalha num mabiente tóxico, onde existem falcatruas, golpes e transações que comprometem o bem-estar alheio?
Está se relacionando com uma pessoa que engana, prejudica e maltrata os outros?
Tem intimidade com alguém que fala mal dos outros, está sempre praguejando e amaldiçoando a felicidade alheia?
Se você é tão respeitoso e bom, até que ponto você já não está contaminado pela atitude dessas pessoas?
Aquilo que chamamos de mal não é uma atitude anromal ou não-humana, mas ela é uma atitude sempre humana e com amplas justificativas. Todo criminoso alega uma excelente razão para cometer crimes.
Os criminosos não condenados pela lei também. Esses criminosos somos todos nós...
Será que você não se alimenta dos defeitos das pessoas que estão á sua volta como uma forma de negar seus próprios defeitos? Isso faz você se sentir superior? Será que você está ajudando o outro ou se alimentando dele?
Será que sua sombra fez um pacto com a sombra do outro?
Diga-me quem és e eu te direi com quem andas...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Perdão, mágoa e sombra - parte 1

Notei algo curioso sobre nossos comportamentos humanos: por que não conseguimos perdoar com facilidade?
O perdão sempre foi um assunto exclusivamente tratado no âmbito religioso.
Seria uma discórdia entre os homens e mediada por Deus, "perdoe para que Deus te perdoe".
Portanto, o perdão se tornava um ato religioso que envolvia apenas um movimento, perdoar o quanto antes.
O problema é que nas terapias individuais e de grupo conduzidas no Instituto Evoluir notei que o perdão não é um ato único e sim um processo psicológico de cura interior trabalhoso, com múltiplas etapas e profundidade.
O fato sombrio por trás da mágoa é: existe um prazer secreto no ressentimento que a pessoa magoada não consegue se desapegar.
O ressentido está numa condição de superioridade em relação ao agressor. Por ter se julgado ofendido o agredido permanece no seu posto privilegiado de cobrador. Ele passa a ter um crédito moral com o ofensor e isso confere poder a ele.
Internamente, a pessoa ressentida revive ou re-sente o conflito inúmeras vezes reforçando o quanto foi agredida, humilhada e o quanto sua mágoa é justificada. Crucifica muitas vezes o agressor e permanece congelada no tempo.
Seu sentimento passa a girar em torno do passado, e sua vida não flui naturalmente. Esse poder sobre o passado prende o ressentido infinitamente. Ele carrega o seu "agressor" dentro de si como um túmulo. Além da agressão sofrida o ressentido perpetua a presença do agressor por anos dentro de si.
Com isso o ressentido recusa viver plenamente.
Para começar a perdoar precisa se desapegar desse poder secreto que o ressentimento provoca!
Seguirei falando mais sobre o assunto!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Desejos e a sombra

Se você fosse perguntado sobre seus mais íntimos desejos certamente ficaria encabulado e diria que não os possui com tanta freqüência.
Para tentar diminuir essa sensação o psicanalista Brett Kahr fez uma pesquisa com mais de mil relatos de voluntários anônimos na Grã-Bretanha e obteve resultados surpreendentes. As pessoas têm fantasias sexuais muito mais do imaginamos e que na verdade confessam.
Isso me fez pensar um bocado, afinal, por que escondemos nossos desejos?
Os desejos sexuais eu até entendo, pois faz parte da vida íntima. Mas noto que as pessoas escondem os desejos de todos os tipos, e principalmente de si mesmas.
No último dia 2, 3 e 4 de outubro participei no Curso de “Propósito de Vida” que o querido amigo Marcelo Cardoso ofereceu no Instituto Evoluir. Aliás, de forma brilhante. Já é a quarta vez que faço esse curso para realimentar meu propósito de vida e ampliar minha visão a respeito dos destinos de minha vida pessoal e profissional.
Nesse curso o Marcelo incentiva às pessoas buscarem, entre tantos assuntos tratados, os seus desejos e sonhos mais profundos para lá descobrirem as pistas do seu propósito de vida.
A maior parte das pessoas parece que possuía sua capacidade de sonhar e desejar diminuída. Para suportar uma realidade enfadonha e insatisfatória elas preferiam renunciar aos seus sonhos do que buscá-los com a maior força da sua alma.
No primeiro artigo que postei nesse blog eu falei da ex-anônima Susan Boyle que após insistentes tentativas de se tornar notória ela finalmente foi descoberta num show de talentos britânico.
Por que imaginamos que coisas assim só acontecem na televisão e nunca em nossas vidas?
Será que precisamos passar uma vida inteira amargurados e conformados com uma realidade pobre de intensidade?
Será que o sonho não é uma força inicial de catapultar uma vida mais plena?
Será que aquilo que reprimimos como “ah, isso que eu penso ou desejo é bobagem!” na verdade não esconde o melhor de nós?
Nossa sombra não esconde nossa luz mais pura?
Certa vez um arqueólogo foi procurar um tesouro riquíssimo de um faraó numa pirâmide muito conhecida. Centenas de arqueólogos já tinham tentado achar o tesouro sem sucesso. Mais ele conseguiu achar. Quando questionado pela mídia sobre qual tinha sido o segredo do seu sucesso ele respondeu: “eu segui o caminho que todos seguiram, pois observei para onde uma bela estátua apontava e nada encontrei. Resolvi fazer diferente, pois havia uma vela perto da estátua e sua sombra indicava outro lugar. Pois o tesouro estava onde a sombra da estátua apontava!”
Essa história é inspiradora! Talvez a maior da beleza que você tem dentro de você esteja escondida nos escombros dos seus desejos mais secretos.

domingo, 11 de outubro de 2009

O ouro da sombra

Você já deve ter se pego pensando naquela pessoa que admira profundamente e até teve um pouco de vergonha por achar que sente inveja.
Mas pense nas pessoas que você admira. Enumere as características delas num papel. Não tenha receio de parecer invejoso. Sua admiração nem sempre é uma inveja.
Vou dar um exemplo pessoal. Desde o primeiro dia que conheci essa pessoa minha admiração foi imediata. Ela é super-competente, admirada, carismática e de um ternura profunda e legítima com as outras pessoas.
Durante muitas situações me recriminava por não estar à altura dessa pessoa. Me sentia em dívida comigo mesmo.
Mas durante uma reflexão sobre o desempenho dela e o meu, notei que eu, à minha maneira, também possuía aquelas características que tanto admirava nela. Em diferente proporção, intensidade e qualidade eu também era uma pessoa competente no que fazia, admirado por isso, carismático no falar. Só me faltava colocar mais para fora meu sentimento de ternura. Eu sentia ternura, mas não deixava muito explícito.
Quando percebi isso notei que eu tinha um tesouro escondido dentro de mim. E mais ainda, eu acabava só enxergando esse tesouro naquela pessoa que eu admirava.
O ouro da sombra é isso! Um potencial que você possui dentro de você mais que é subutilizado ou negligenciado. Eu falo sobre isso no livro “Por que fazemos o mal?” quando trato sobre as várias caras da sombra.
A sombra nem sempre é um traço de personalidade indesejável ou repugnante (do ponto do vista moral), mas é também uma característica que eu passei a banalizar ou deixar de lado por algum motivo.
No meu caso, eu fui criado pelo meu pai de tal forma que não pudesse ser muito terno com as pessoas. E, além disso, deveria ser mais frio e racional.
Faça esse exercício com você mesmo, imagine essa pessoa que você admira ou algum ídolo e descubra o tesouro que existe escondido em você!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Frase de Jung

Todo homem tem uma sombra e,
quanto menos se incorporar à sua vida consciente,
mais escura e densa ela será.
De todo modo,
ela forma uma trava inconsciente
que frustra nossas melhores intenções.”

Carl Gustav Jung


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Verdade ou mentira?

Quando você está convivendo com alguém o que você prefere: ouvir a verdade ou a mentira?
A maioria vai responder: A VERDADE!
Eu tenho minhas dúvidas.
Eu percebi ao longo do tempo nos atendimentos de terapia que fiz que a maior parte dos problemas que temos são recusas a enfrentar a verdade.

"Onde você esteve?" - pergunta a namorada para o namorado.
"Estava na casa da minha mãe, ela estava doente, fui visitá-la!" - responde ele.
"Você está me falando a verdade?" - insiste ela.
"Claro, meu amor, eu nunca mentiria para você" - replica maliciosamente.
Ela não insiste na conversa, fica emburrada e depois esquece o assunto.
Será que ela queria ouvir a verdade: "Saí com meus amigos, falamos um monte de m#*, flertei algumas meninas só para sentir que ainda sou um caçador, nada a mais. Bebi além da conta, vomitei na porta da balada, mas me levaram de taxi. Dormi, fiquei numa boa e está tudo bem entre nós, continuo te amando. Mas estar com meus amigos é um prazer incomparável. Do mesmo jeito que estar com você é muito bom!"

Honestamente não sei se ela gostaria de ouvir tudo aquilo. É a mais pura verdade, mas ela não gostaria de ouvir. Vamos a outro exemplo.

"Mãe, você ama mais eu ou minha irmã?" - pergunta o filho adolescente.
"Amo os dois da mesma forma, que pergunta mais boba!" - responde com um sorriso amarelo.
Será que o filho gostaria de ouvir a verdade?: na verdade eu tenho muito mais afinidade com sua irmã. Pois você me lembra o dia que descobri que estava grávida e seu pai me tratou como se eu fosse um lixo e disse que ia me deixar. Tive que engolir tudo sozinha. Sua avó quase me expulsa de casa e disse que eu sou uma vagabunda. Depois tive complicações no parto, quase morri, me arrependi profundamente de que você nasceu. Você foi um bebê difícil e irritado, eu queria te esganar. Depois você tirou minha paz e agora é um adolescente revoltado que me culpa por tudo. Te aguentei esses anos todos e você é um ingrato. Com certeza gosto mais da sua irmã do que de você!"

Verdade difícil de falar e de ouvir...
A maior parte da verdade que dizemos que queremos ouvir ainda não estamos preparados para encarar. As verdades contem uma dose de dureza e dor que mal suportaríamos.
Por essa razão preferimos as mentiras agradáveis do que verdades dolorosas. Vamos nos contentando com meia-verdades sobre os outros e sobre nós mesmos para suportar uma vida, em sua maioria, árida e cheia de desafios.
Os que acreditam que suportam a verdade, costumam estar muito endurecidos, combativos e pessimistas. Pois no fundo todos querem conviver com uma dose de encantamento na vida.
Os moralistas ficarão chocados com isso, mas preferimos as mentiras agradáveis do que a verdades dolorosas.
Precisamos manter o encanto da caminhada enquanto ela não chega no final.
Viva bem com algumas verdades parciais até desenvolver a maturidade de ouvir a verdade por inteiro!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Palavrão e a Sombra - Parte 3 (última)

Esse é o último artigo sobre palavrão, a mente humana e a sombra.
O insulto CORNUDO ou CHIFRUDO associa a traição com os chifres de animais. Curiosa associação de uma aparente fraqueza da pessoa dispensada ou trocada com os animais de chifre que são em sua maioria símbolos de força, vigor e instintividade. A mácula causada por esse xingamento é o de colocar o homem traído na condição de impotente na competição machista por fêmeas. “Não deu no couro” por isso levou um CHIFRE ou PERUCA DE TOURO. E isso é usado exatamente pelo fato do touro-chifrudo ser o macho que acasala e é viril, enquanto o boi é o macho castrado para ser submisso, servil e pronto para o abate. É uma ironia do termo. O macho viril foi trocado por outro ainda maior. A traição fere o sentimento de sua vítima seja homem ou mulher, mas há uma diferença venal: a traição cometida pelo homem é veladamente aprovada como manifestação de vigor masculino e a feminina é execrada como mal imperdoável e digno de morte.
Existe uma ambigüidade tripla inconsciente nesse insulto. Primeiro, os homens ridicularizam em tom ameno os companheiros do mesmo gênero vítimas do CHIFRE para manifestar consolo já que temem chegar seu dia, segundo, aprovam, pois pode chegar o dia que sobre um pedaço da carne da mulher alheia no seu quintal, traduzindo um estímulo a promiscuidade feminina para facilitar a vida de todos os homens num coletivismo de gênero sórdido (se há o corno, há o RICARDÃO) e terceiro uma desaprovação quanto à cobiça de sua própria parceira. Conflito instalado: ele acolhe ao mesmo tempo que estimula e simultaneamente desaprova.
Por fim analisemos os termos VADIA, VAGABUNDA e GALINHA que desqualificam frontalmente a liberdade de ação sexual das mulheres. Liberdade sexual masculina é natural, a feminina é promiscuidade e safadeza. VADIA e VAGABUNDA associam a prática livre do sexo com parceiros diferentes com a ociosidade de quem não tem o que fazer. É um mandato inconsciente e coletivo “mulheres que não tem o que fazer deitam-se com qualquer um”, mesmo que esse qualquer um possa ser eu.
Linguagem cria realidade e o palavrão denuncia as realidade que rejeitamos, negligenciamos e excluímos de nossa humanidade pessoal.
Sexo e preconceito, portanto ainda estão diretamente ligados. E podemos entender como através de palavrões populares funciona o reino secreto das sombras na mente humana.
Ao falar do sentido oculto de alguns dos principais palavrões utilizados na região sudeste brasileira teve-se o objetivo de esvaziar o sentido de cada termo para que a sombra venha a luz e possamos iluminar nossa humanidade.
Espero que tenha gostado dessa análise sombria dos palavrões...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Por que os homens querem liberdade?


Você mulher deve ter se perguntado muitas vezes: por que ele sempre quer uma distância enquanto eu quero ficar juntinho?
As pessoas vão responder: porque o homem precisa de liberdade e é diferente da mulher quer prioriza a relação.
Nos atendimentos que faço aos homens que fazem o perfil "quero minha liberdade e um namoro/casamento me dá a sensação que estou preso" eu percebi algo curioso.
Eles estão buscando tanto a liberdade que ficam presos na idéia de liberdade. Eles gostam da mulher, querem passar mais tempo com ela, mas não se envolvem "tenho medo de que a qualquer momento vai me daraquela sensação de liberdade castrada" e completam "é melhor não me comprometer, vai que eu magoo a menina".
E assim eles vão fazendo suas investidas amorosas como nômades do amor.
Mas cheguei na sombra mais profunda do homem canalha. No fundo ele quer liberdade, pois quando ele tem liberdade não sabe o que fazer com ela.
Na verdade ele quer exercer poder. "eu posso ir e vir como eu quiser, ninguém manda em mim".
E curisosamente eles se realcionam com mulhres muito ciumentas só para exercitarem o poder de traí-las ou sari quando quiser.
Ficam brigando com a namordada?mulher como se fosse com uma mãe castradora "eu vou onde eu quiser e você não vai mandar em mim".
Os "Don Juans" normalmente tiveram mãe muito amorosas/sufocadoras/dominadoras e/ou ausentes. Portanto, desde cedo eles se sentiam privados da liberdade de ir e vir (e exercer o poder) e quando ficam adultos encontram na conquista sexual uma forma de se sentirem superiores às mulheres. Ele as conquista para dominá-las e estar controle e submete-las ao seu comando "EU vou e volto quando quiser". É uma revanche inconsciente contra a mãe sobre as outras mulheres!
É um ciclo de revanches onde ele sempre confirma sua hipótese "as mulheres são dominadoras e possessivas, porisso não me amarro em ninguém".
No fundo ele se sente menosprezado pelas mulheres.
Quando ele assume a consciência disso já é um passo para a mudança.
E se você que é mulher e convive com um homem assim deve se perguntar: "o que eu faço sabendo de tudo isso?".
Minha resposta é: isso não depende de você, pois quanto mais tentar ajudá-lo, mais ele sentirá o impulso de tratar você como mãe.
Levante sua autoestima e tenha uma vida pessoal rica, pois nenhum homem conseguirá preencher o espaço que precisa ser ocupado pela sua alma.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

LANÇAMENTO DO LIVRO


Insegurança e Sombra



Quando alguém me diz que é inseguro eu ligo meu radar sombrio e logo penso “por que será que gostamos de nos enganar assim?”
Não existe pessoa insegura, só existem métodos diferentes de manifestar segurança. O inseguro é aquele que tem mil idéias na cabeça, mas não consegue expressar para o seu meio externo.
Seu medo é de ser rejeitado pela opinião alheia. Ele acredita que sua opinião vai desagradar por ser boba ou dispensável. Ela dá todo o seu poder pessoal para os outros.
E qual a sombra de alguém que dá o poder para os outros? Essa pessoa tem medo de assumir o próprio poder. Por que?
Porque ela tem medo de manifestar toda a sua tirania.
Os inseguros são os mais tiranos. Sabem que seus desejos são imensos, mas temem perder o controle sobre seus impulsos e por isso recuam frente os outros.
Normalmente os inseguros dominam os outros de maneiras sutis. Eles se mostram frágeis e necessitados de cuidados. São melindrosos e por isso são poupados de notícias dramáticas e de encargos pesados. Todos temem que o inseguro seja ferido.
É assim que ele cria em torno de si uma aura de atenção redobrada e cada pedido frágil seu vira uma ordem, afinal, “é aquele anjinho que está pedindo”.
Curiosos não?
O inseguro só irá vencer esse sentimento no momento que assumir que no seu submundo secreto ele também quer ter seu lugar ao sol. E com isso retoma a sua energia vital e começa a assumir as responsabilidades da vida comum. Pára de fugir do cotidiano e começa a resolver problemas humanos. Age apesar do medo, pois sua energia de confiança voltou para às suas mãos.
Lentamente vai criando uma independência frente àqueles a quem antes era subordinado.
Finalmente consegue manifestar mais sua autonomia e coragem.
Avante inseguros. Saiam do armário e mostrem o leão que está adormecido dentro de vocês!
Dedicado à Marinete!

Ursinhos Carinhosos

Quem não se lembra do desenho “Ursinhos carinhosos”?
Aqueles ursinos fofinhos e coloridos cheios de bons sentimentos que eram capazes de combater o vilão “Coração Gelado”.
Naquele reino encantado todos ursinhos tinham um poder especial que era emitido contra o inimigo quando eles tinham uma vontade muito forte. No final o bem vencia e os monstros eram combatidos.
É assim que funciona a mente da criança, ela acredita que basta a força do seu amor para que tudo à sua volta mude.
No mundo das crianças isso é importante e saudável, pois ela desenvolve a persistência, a esperança e a confiança em si mesma.
Mas o problema é quando os adultos pensam do mesmo jeito. Basta amar para que tudo à sua volta mude, certo?
Errado!
Se fosse assim era só lançar um arco-íris, como os ursinhos carinhosos, e tudo estaria resolvido. Mas esse pensamento mágico-onipotente só é saudável nas crianças. No mundo real não basta amar ou querer bem, é preciso demonstrar o amor de forma prática.
Algumas pessoas se frustram no seu trabalho, família e relacionamento amoroso, pois guardam esse sentimento mágico da infância.
“Eu me sacrifico nesse emprego e ninguém me reconhece”
“Já não basta eu sentir esse amor para que ela(e) perceba o que vai dentro de mim?”
“Se eu for bom com papai e mamãe eles nunca irão brigar e se separar!”
Os adultos que pensam dessas formas sempre imaginam que o mundo não reconhece seus potenciais.
Entre o sonho e a realidade, busque o sonho como inspiração mas lembre-se a vida acontece na prática.