sábado, 29 de agosto de 2009

Os games e a Sombra

Desde pequeno eu sempre gostei de videogames, o Atari era demais. O tempo passou, e tudo se modernizou. Uma chuva de novos games surgiu.
Lentamente a complexidade e o realismo dos jogos começou a povoar a mente de todos os jovens.
Hoje em dia é impossível imaginar os adolescentes sem os games.
Por que eles passam tanto tempo na frente do computador e TV jogando horas a fio?
Mantêm uma concentração por tanto tempo, mas são incapazes de ficar alguns segundos na frente dos livros...
Antes que eu pareça aquelas tias moralistas vou explicar porque.
Na frente dos computadores os jovens sentem uma sensação incrível de poder, controle e domínio da realidade.
Lá eles mergulham no mundo da sombra, ou seja, podem ser o que quiserem ser, mas não são no mundo real.
Jovens raquíticos se tornam fortes e musculosos.
Meninos sem nenhuma habilidade social se tornam magos e salvadores de povoados.
Frágeis na rua e feras nas máquinas.
No mundo dos games todos liberam seus demônios e fantasmas.
Quem não ficaria fascinado ao se tornar o rei de um império, o grande general de uma missão de alta grandeza, ou chefiar um exército de vampiros.
Poder. Essa é a explicação para horas de jogo a fio.
Você é o melhor jogador de futebol, o maior atirador ou um grande estrategista capaz de ser respeitado em muitos lugares do mundo virtual.
Jovens com grande medo do mundo real, despreparados pelos pais para se defender por conta própria recorrem aos games para sentir uma dose mínima de satisfação pessoal.
Deixar ou não deixar eles por horas no computador?
Deixá-los no mundo virtual seria a coisa mais fácil a ser feita. Mas seria também abandoná-los no mundo de suas inseguranças.
Ajudar o seu filho a ganhar confiança no mundo real e oferecer a ele oportunidades de interagir com pessoas reais é a melhor forma de diminuir a dependência de jogos.
Colocar limites sim, mas oferecer alternativas reais mais prazerosas.
Seria o mesmo que pedir para você adulto abrir mão do seu trabalho sem deixar você de férias.
E se você é viciado em jogos, lembre-se, nada vai substituir o real prazer do toque humano... Arrisque-se na realidade tanto quanto no mundo virtual!

3 comentários:

  1. Cara vc realmente pensa tanto assim em mim? :O

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  2. Acho que já perguntei isso alguma vez, mas... Será que seria totalmente impossível viver sem esse negócio de poder? Acho até utópico, ok... E eu mesmo muitas vezes consigo identificar em mim coisas relacionadas a ele.. Mas...

    Eu meio que gosto de acreditar que uma espécio de segurança saudável é esmagadora em relação à ele. E que seria melhor, num sentdo também não moralista, que eu, que nós procurassemos por essa segurança, né..

    Beijo, Fred.

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  3. Bárbara
    Temos muitas definições de poder. A segurança também é um tipo de poder. A manutenção da vida é uma forma de exercer poder sob as condições adversas da natureza.
    Enfim, o poder está presente, mais ou menos consciente, mas está presente!
    Beijos

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