Queria provar que podia ser a mulher mais linda de todas. Onde quer que a tendência da moda acenasse ela estaria presente.
De corpo esculpido pela mão de artesãos cirúrgicos deliciava-se a cada cirurgia ao imaginar o novo decote e o olhar de desejo dos homens. "Todos caídos aos meus pés", pensava afoita.
Sua volúpia era tamanha que bastava um homem acenar um flerte que seu instinto disparava e perdia o puder de mulher casada. "Ele me conheceu assim", rebatia mentalmente seus próprios pudores.
Certa manhã saiu para fazer sua corrida habitual, para manter a forma, claro!
Num relance viu-se raptada por um homem truculento que a arrastou para um lugar longe da movimentação matinal.
O pavor desesperado de seus olhos cedeu lugar à uma falsa briga libidinosa com o homem. O desejo do homem tresloucado foi saciado nos braços daquela bela mulher que pensava: "Um homem que realmente me deseja. Finalmente!"
A luxúria é pecado mortal, segundo a Igreja. O desejo sexual que excede a pura necessidade biológica de gerar um filho.
A relação de grande parte das pessoas com o sexo é curiosa: há sempre um desejo misturado com temor.
Não é para menos, sexo é um dos segredos mais bem escondidos que a sociedade tenta preservar de comentários públicos. Sexo mexe com todas as fibras de nosso corpo e alma.
O desejo sexual por natureza é mutante, intenso e infinito. Por esse motivo, imprevisível e assustador. É um movimento interno que não temos controle.
As fantasias sexuais não têm limites e alcançam paisagens absolutamente transgressoras da moral vigente. Pessoas distantes e as vezes próximas e proibidas são naturalmente alvo do desejo.
Deter esse influxo natural é processo trabalhoso. O choque que você teve ao ler o pequeno conto acima naturalmente é fruto das imagens que formulou para dar vida à história. Para repugnar uma história é preciso ter empatia com ela, portanto se colocar no lugar da pessoa. É algo que afronta a capacidade de imaginar um absurdo vivo que mescla desejo, agressão e morte.
No entanto, o desejo sexual sai do mesmo caldeirão que a agressão.
A luxúria, do ponto de vista sombrio, seria a fusão de desejo sexual com a destrutividade. É quando o desejo vai para além do prazer e une-se a dor, a punição e a morte. Daí a patologia sexual.
Não seria de estranhar que a mocinha do conto acima tivesse gostado tanto!
Estou com inveja do próximo pecado!
De corpo esculpido pela mão de artesãos cirúrgicos deliciava-se a cada cirurgia ao imaginar o novo decote e o olhar de desejo dos homens. "Todos caídos aos meus pés", pensava afoita.
Sua volúpia era tamanha que bastava um homem acenar um flerte que seu instinto disparava e perdia o puder de mulher casada. "Ele me conheceu assim", rebatia mentalmente seus próprios pudores.
Certa manhã saiu para fazer sua corrida habitual, para manter a forma, claro!
Num relance viu-se raptada por um homem truculento que a arrastou para um lugar longe da movimentação matinal.
O pavor desesperado de seus olhos cedeu lugar à uma falsa briga libidinosa com o homem. O desejo do homem tresloucado foi saciado nos braços daquela bela mulher que pensava: "Um homem que realmente me deseja. Finalmente!"
A luxúria é pecado mortal, segundo a Igreja. O desejo sexual que excede a pura necessidade biológica de gerar um filho.
A relação de grande parte das pessoas com o sexo é curiosa: há sempre um desejo misturado com temor.
Não é para menos, sexo é um dos segredos mais bem escondidos que a sociedade tenta preservar de comentários públicos. Sexo mexe com todas as fibras de nosso corpo e alma.
O desejo sexual por natureza é mutante, intenso e infinito. Por esse motivo, imprevisível e assustador. É um movimento interno que não temos controle.
As fantasias sexuais não têm limites e alcançam paisagens absolutamente transgressoras da moral vigente. Pessoas distantes e as vezes próximas e proibidas são naturalmente alvo do desejo.
Deter esse influxo natural é processo trabalhoso. O choque que você teve ao ler o pequeno conto acima naturalmente é fruto das imagens que formulou para dar vida à história. Para repugnar uma história é preciso ter empatia com ela, portanto se colocar no lugar da pessoa. É algo que afronta a capacidade de imaginar um absurdo vivo que mescla desejo, agressão e morte.
No entanto, o desejo sexual sai do mesmo caldeirão que a agressão.
A luxúria, do ponto de vista sombrio, seria a fusão de desejo sexual com a destrutividade. É quando o desejo vai para além do prazer e une-se a dor, a punição e a morte. Daí a patologia sexual.
Não seria de estranhar que a mocinha do conto acima tivesse gostado tanto!
Estou com inveja do próximo pecado!
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