quarta-feira, 13 de outubro de 2010

COMER, REZAR E AMAR

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Quem sabe encontra aquilo
que quer para ser feliz
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Já prevendo o que aconteceria hoje no consultório, tratei de ver (eu e mais um clube de 30 senhoras de mais de 60 anos) o esperado filme COMER, REZAR E AMAR, 80% das pacientes viram o filme e chegaram com um misto de ódio e esperança.
Ódio de seus maridos, namorados ou fantasmas camaradas e com esperança de encontrar um Javier Bardem em suas vidas paralíticas...
Elas me
questionavam que não tinham dinheiro o suficiente para ir à Itália, Índia e Bali e nem a coragem para sair de relacionamentos desgastados, deprimentes e falidos... Palavras delas...
Pensei comigo, "por que esse filme ainda que baseado em história real mexe tanto com as mulheres?".
Cheguei a algumas conclusões: ele retrata uma mesma mulher em diferentes momentos de sua vida afetiva. E isso cria uma identificação imediata com qualquer mulher, seja ela casada, solteira ou enrolada... É a trajetória de queda e ascensão de qualquer mulher.
Obviamente que nenhuma mulher para encontrar a si mesma precisa ir tão longe, afinal, em qualquer lugar que você esteja você sempre estará ali.
Itália, Índia e Bali são pequenas metáforas de uma jornada interior que percorre o feminino.
É preciso comer una pasta delicioza para ser feliz? Ajuda, mas a idéia da Elisabeth Gilbert, autora do livro que deu origem ao filme, é que a mulher precisa aprender a se NUTRIR de si mesma. Saber reconhecer o que alimenta sua alma, dar a si mesma um pouco daquilo que gosta, ao mesmo tempo que oferece seu amor ao companheiro. A mulher ainda hoje se culpa por dar algo a si mesma que traga bem-estar e satisfação, pois acha que é egoísmo.
É preciso meditar horas à fio para ser feliz? Não, mas é preciso aprender a aquietar seus sentimentos e APROFUNDAR-se em seus desejos para ouvir a voz que vem da alma. Pois devido às oscilações hormonais, a mulher deixa-se conduzir pela superfície de ondas torm
entosas e barulhentas de sua impulsividade. Pouco mergulha no oceano de riqueza e força pulsante que carrega dentro de si e se deixa conduzir por um maremoto de nervosismo, inquietude e medo.
É preciso beber até cair em Bali para ser feliz? Não, mas é preciso estar aberta para se ENTREGAR quando o amor passar ao lado. Pois muitas mulheres se queixam de não encontrarem o homem certo, e que eles não prestam. Mas quando se deparam com um homem de coração aberto, amoroso e sincero, muitas se debatem ante essa experiência recuando para medos infantis, agressões sem sentido e ciúmes doentios. Esse medo da entrega pode por à perder o homem dos sonhos...
COMER, REZAR E AMAR para mim representam, SE NUTRIR, APROFUNDAR E ENTREGAR.
Portanto, a Itália que você espera está no gesto de afeto consigo mesma, a Índia que lhe acalma está no silêncio do coração diante de um dilema, e Bali onde você espera encontrar seu príncipe encantado com um barco à sua espera está na chance que der a si mesma para gozar do amor como e quando ele vier...
COMER, REZAR E AMAR estão ao seu alcance logo ali... Olhe para dentro, para o alto e para o lado, quem sabe encontra aquilo que quer para ser feliz...

9 comentários:

  1. Muito bem colocado. E aquela historia do homem que pedia para ganhar na loteria eu adorei. As vezes a gente nao se da uma chance mesmo de conseguir aquilo que tanto queremos...

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  2. Adorei o comentário....temos que ter a alegria do convívio,a paz do nosso Deus interior e a entrega de amar....

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  3. concordo com sua opinião. isso tb serve para os homens.... mas fale de vc. vc consegue se entregar, não deixando ir embora um grande amor em razão de medos infantis, inseguranças???

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  4. Acho que eu também tenho medos, principalmente quando nos sentimos feridos ou dominuídos... É sempre doloroso retomar as esperanças... Mas o tempo cura algumas feridas... É preciso deixar cicatrizá-las...

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  5. retomar as esperanças não é doloroso.

    doloroso é reconhecer q as EXPECTATIVAS não foram correspondidas...

    aí vai de vc a forma de interpretar a expectativa q não foi atendida...

    se receber mal, vira ferida....
    se receber bem, compreenderá a maior beleza do ser humano, q são as diferenças, a individualidade de cada um, justamente, a alma q reside em cada um de nós...

    e cada alma tem um segredo peculiar ou vários, q não precisa necessariamente ser descoberto.... só precisa ser aceito, acolhido, integrado... amado...

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  6. ALEXANDRA M.A.P.GRASSINI18 de outubro de 2010 às 15:59

    OLÁ FRED! VC. ESCLARECEU UMA DÚVIDA MINHA...AINDA NÃO ASSISTI AO FILME OU LI O LIVRO, VEREI EM BREVE, MAS ESTAVA MUITO CURIOSA SOBRE QUAL ERA O "MUST" DESTE FILME QUE ATRAI TANTAS PESSOAS. ABRAÇOS!ALEXANDRA

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  7. Após LER a postagem sobre o filme, sai do serviço e fui direto ao Cinema.

    A Sessão já havia começado, o que me levou a comprar o bilhete de outro filme e já dentro do cinema entrar na sala do filme COMER, REZAR e AMAR. Sentado na poltrona do cinema comecei a pensar... acho que fiz coisa errada...será que a câmera filmou eu entrando em outra sala que não a do filme que comprei o bilhete... bem, o fato é que durante o filme fui "desencanando" a medida que a personagem principal ia aprendendo a viver sem culpas, se perdoando, aprendendo a saborear a vida, a sentir cada experiência.

    Sai do cinema respirando tão bem, tranquilo, refletindo nas importantes lições ali deixadas.

    Recomendo a todos e todas.

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  8. Fred, finalmente fui assistir ao filme. Eu gostei, achei a fotografia muito bonita, é um filme um tanto poético, heróico, sei lá. Me passou uma boa sensação e também me alertou para questões que eu preciso resolver. Acho que se as pessoas assistirem ao filme e refletirem a forma como estão levando suas vidas ele será de muito proveito.

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  9. Ainda não assisti ao filme, pois quero ler o livro primeiro ...
    Mas depois de refletir sobre essa postagem, posso dizer que a leitua terá uma nova perspectiva ...
    Como sempre, comentários extremamente pertinentes e coesos! Parabéns!
    Compartilharei minhas conclusões rs!
    Beijo

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