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Nos constrangemos da
nossa própria necessidade interior
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Desde que comecei o trabalho com minhas sombras eu não dou mais esmola.
Por que fiquei desumano? Egoísta? Insensível?
De forma alguma, mas em contato com minhas sombras eu consigo ver além do que meus olhos enxergam.
A mendicância não é uma prática nova. É uma profissão antiga. Em reportagem recente da Veja São Paulo fizeram uma análise de alguns pedintes. Perceberam que eles viviam de forma confortável com as esmolas que recebiam.
Pessoalmente, eu não concordo com esmolas, pois estimula uma prática que não promove evolução real. Prefiro fazer trabalho voluntário e doações para entidades filantrópicas realmente sérias.
Mas a sensação de dar esmola é quase irresistível.
Pelo simples fato de que não conseguimos resistir ao pensamento de que seríamos egoístas caso negássemos uma ajuda a uma pobre pessoa necessitada.
Podemos racionalmente até saber que aquela pessoa é um falso pobre ou aleijado, mas o peso que a culpa tem é capaz de fazer vergar no chão qualquer brutamontes.
Não gostamos de nos sentir mal ou maus. Além disso, na maior parte das vezes nos projetados na figura do necessitado e nos constrangemos da nossa própria necessidade interior. Não conseguimos recusar um pedido de nosso mendigo interior. Aquela parte sombria de nossa personalidade que tem uma voracidade e carência terrível e não pode ouvir um não.
Não falamos não para o pedinte, porque não gostamos de ouvir não da vida.
Nos constrangemos da
nossa própria necessidade interior
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Desde que comecei o trabalho com minhas sombras eu não dou mais esmola.
Por que fiquei desumano? Egoísta? Insensível?
De forma alguma, mas em contato com minhas sombras eu consigo ver além do que meus olhos enxergam.
A mendicância não é uma prática nova. É uma profissão antiga. Em reportagem recente da Veja São Paulo fizeram uma análise de alguns pedintes. Perceberam que eles viviam de forma confortável com as esmolas que recebiam.
Pessoalmente, eu não concordo com esmolas, pois estimula uma prática que não promove evolução real. Prefiro fazer trabalho voluntário e doações para entidades filantrópicas realmente sérias.
Mas a sensação de dar esmola é quase irresistível.
Pelo simples fato de que não conseguimos resistir ao pensamento de que seríamos egoístas caso negássemos uma ajuda a uma pobre pessoa necessitada.
Podemos racionalmente até saber que aquela pessoa é um falso pobre ou aleijado, mas o peso que a culpa tem é capaz de fazer vergar no chão qualquer brutamontes.
Não gostamos de nos sentir mal ou maus. Além disso, na maior parte das vezes nos projetados na figura do necessitado e nos constrangemos da nossa própria necessidade interior. Não conseguimos recusar um pedido de nosso mendigo interior. Aquela parte sombria de nossa personalidade que tem uma voracidade e carência terrível e não pode ouvir um não.
Não falamos não para o pedinte, porque não gostamos de ouvir não da vida.
Você suporta ouvir um não?